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O INFORMATIVO
- Edição 220
Entrevista
- Raji Rezek Ajub
É o momento para investir na saúde?
O presidente da Unimed da Baixa Mogiana, Raji Rezek Ajub, falou sobre os empregos gerados, a
arrecadação, os investimentos e sua filosofia no comando da cooperatia que agrega profissionais e
equipamentos de ponta.
O que é hoje a Unimed para a
baixa mogiana?
É uma cooperativa de médicos
fundada em 1981; agregamos médicos
cooperados dos municípios de Mogi
Mirim, Mogi Guaçu e Itapira. A partir
de 1985, a Unimed começou a crescer
e hoje é uma grande “empresa”. As
unidades da Unimed se inter-relacionam,
nós atendemos pacientes deles e eles os
nossos e fazemos um intercâmbio nas
nossas necessidades recíprocas. Cobrimos
as três cidades, mais os municípios de
Santo Antonio da Posse e Estiva Gerbi.
Se comparada a uma empresa,
a Unimed é uma das maiores de
Mogi Mirim?
Podemos dizer que sim. São 136
empregos diretos na parte administrativa,
além disso são 295 médicos cooperados.
Indiretos nós temos um universo muito
grande, pois uma grande gama de
serviços existe em função da Unimed,
como é o caso Hospital São Francisco,
em Mogi Guaçu e 22 de Outubro que
pertencem a grupos de médicos. Além
disso vocês têm as três Santa Casa (Mogi
Guaçu, Mogi Mirim e Itapira) que também
“vendem” serviços para a Unimed e
uma rede de serviços auxiliares, como
laboratórios e demais empresas. A coisa
é muito ampla, não dá para se ter uma
noção do número, mas é significativo.
Como é a relação da Unimed com
a Agência Nacional de Saúde?
As exigências da Agência Nacional
da Saúde (ANS) são pertinentes. Por
exemplo: só podemos comercializar novos
planos que contemplem uma cobertura
ampla, total e irrestrita. Isso implica em
determinado custo para o usuário, e isso
está devidamente dimensionado, mas
essas exigências às vezes são no sentido
de preservar a qualidade e garantir o
atendimento ao usuário. Tem a finalidade
de fazer uma seleção no mercado,
deixando as operadoras, atuando
somente as capacitadas, que tenham
estrutura econômico-financeira saudável.
Ela exige algumas reservas econômicas,
um depósito compulsório à disposição,
obrigatoriamente para eventualidades.
Em alguns momentos, isso nos assusta,
enfim, por outro lado se percebe que
isso seleciona as operadoras. Só ficam
no mercado as operadoras que tenham
determinado número de usuários e que
estejam econômica e financeiramente
bem constituídas. Tem de ter um capital
social em espécie, pronto para ser
utilizado em um possível problema. O
dinheiro não pode estar imobilizado em
capital. Essa é uma exigência que a ANS
impõe e que nos submete a uns apertos,
mas estamos conseguindo administrar
isso. Complica a vida de grande número
de operadoras, principalmente as
pequenas que têm algo em torno de 30
mil usuários.
É EXIGIDO
ALGUMAS
RESERVAS
ECONÔMICAS,
UM DEPÓSITO
COMPULSÓRIO
À DISPOSIÇÃO,
OBRIGATORIEDADE
PARA
EVENTUALIDADES.