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Orianna, a ciência “mogimiriana” a serviço da mobilidade

Pouca gente sabe, mas o mogimiriano Marcos Vinicius Silva Magalhães conseguiu desenvolver uma assistente virtual – Orianna – capaz de facilitar a vida de paraplégicos e tetraplégicos, por meio de um software. Mais que comandar a cadeira de rodas, o software realiza uma série de funções que dá autonomia a quem está confinado numa cadeira. Uma série de atividades do cotidiano podem ser executadas pelo próprio ocupante.

Apesar das muitas barreiras e da falta de incentivo, Vinícius aceitou o desafio, e hoje se enche de orgulho em poder melhorar a vida de milhares de pessoas com uma tecnologia própria. Ele não tinha noção da dimensão que o projeto poderia alcançar. Hoje, Orianna é motivo de muita satisfação para ele e para os pais do estudante de Tecnologia de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Atualmente, uma parte do projeto está sendo desenvolvida na FATEC “Arthur de Azevedo”.

A ideia nasceu enquanto ele ainda estava no Ensino Médio, quando já programava e buscava desenvolver uma assistente virtual para controlar as lâmpadas de sua casa, idêntica à Alexa e Google. Quando conseguiu viabilizar a assistente virtual e apresentou o projeto ao seu professor, foi incentivado a desenvolver uma assistente para cadeiras de rodas. “Na hora me simpatizei com o projeto e vi que meu código era versátil para isso, e de imediato aceitei o desafio”, disse.

Marcos revela que o projeto é relativamente velho, já que teve início em 2018, e até agora não teve um fim. “Constantemente, promovemos melhorias para oferecer aos usuários cada vez mais. A primeira versão compilável ocorreu em junho de 2018”, informou. De lá para cá, o software foi sendo aprimorado e, a julgar pelo custo-benefício do projeto do mogimiriano, a assistente virtual veio para dar fim aos custos exorbitantes das cadeiras elétricas convencionais.

Ele não esconde a frustração com relação aos incentivos, e revela que não teve auxílio para participar de feiras de ciências, ajuda para desenvolver os protótipos e sequer divulgação de seu trabalho por parte da imprensa na região. “A mídia da capital fez artigos sobre nosso trabalho, mas a região de Mogi Mirim e Mogi Guaçu nunca tiveram interesse em falar sobre o projeto desenvolvido”, apontou.

O projeto da assistente virtual para cadeiras de rodas tem cerca de sete vitórias em feiras de ciências e nunca foi divulgado nos jornais daqui. O software, conforme explicou Magalhães, se destina a todo tipo de cadeirante, no entanto, o foco são pessoas que tenham problemas nos membros inferiores ou superiores. “Pode ser o paraplégico, o tetraplégico, amputados, pessoas que não conseguiriam utilizar um joystick de uma cadeira elétrica convencional”, observou.

Concorrentes

O cientista mogimiriano da área de tecnologia revela que já se deparou com outros projetos da mesma natureza, mas os concorrentes não possuem uma tecnologia própria, e isso ocasiona problema no desempenho do sistema. A assistente virtual foi criada para isso, e, por conseguinte, ela é uma das melhores. “O nosso projeto não é apenas uma cadeira de rodas por comando de voz: ela é uma cadeira de rodas com comando de voz e uma assistente virtual que faz muito mais que controlar uma cadeira”, sentenciou.

Tornar a pessoa cada vez mais independente é o objetivo do programa desenvolvido pelo estudante. Ele ajudará na comunicação, auxiliará nos problemas do cotidiano, a saber a hora, acender uma luz, mandar um e-mail e outras configurações que os concorrentes não possuem.

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