Gerenciamento envolve manutenção de equipe de atendimento nas ruas
Enquanto aqui em Mogi Mirim a classe dos comerciantes, principalmente, sofre com a morosidade em que se transformou o processo de escolha de uma empresa que explore o sistema de estacionamento rotativo do centro da cidade (a Zona Azul), autoridades da cidade de Ribeirão Pires, de 115 mil habitantes, localizada na região do ABC paulista, delegaram à Associação Comercial, Industrial e Agrícola (ACIARP) a tarefa de gerir o referido serviço, algo que, ocorre já há 15 anos e com ótimos resultados.
Quem pesquisou o assunto foi o empresário Adriano Patelli, diretor da ACIMM e proprietário do sistema de fidelização Mindika. “A gente ouve muita reclamação a respeito da demora para termos um sistema de zona azul na cidade e dos prejuízos que essa ausência acaba gerando. Sempre ouvimos que a concorrência acaba esbarrando em problemas técnicos, em obediência à intrincada legislação que regula esse tipo de assunto. Então fico me perguntando porquê as autoridades municipais não adotam uma solução igual à de Ribeirão Pires. É simples. Uma Lei Municipal aprovada pela Câmara resolveu o assunto”, ponderou.
Adriano observa ainda que esse tipo de solução embute ainda outros benefícios, como o fato do grosso da arrecadação ficar na cidade. “Acho que seria uma alternativa muito interessante. Como se costuma dizer por aí, é preciso de ‘vontade política’”, prosseguiu. Adriano disse ter levado o assunto para Massao Ito, um dos colaboradores mais próximos do prefeito Paulo Silva.
Ricardo José Cardoso, de 55 anos, presidente da ACIARP disse que o sistema funciona muito bem e já criou uma própria dinâmica, que costuma, segundo ele, levantar interesse de outras cidades. A Associação Comercial gere o sistema, cumprindo com todas obrigações legais e segundo ele, o sistema ainda permite que a entidade obtenha saldo positivo, empregado em ações que beneficiem os comerciantes, como por exemplo, bancar a decoração de Natal da cidade.
Conforme explicou, o processo de disponibilização das vagas tem acompanhado ao longo dos anos a inovação tecnológica, investindo em soluções digitais, mas, segundo ele, sem abandonar recursos analógicos. “Fizemos isso pensando naquelas pessoas que passam pela cidade e precisam estacionar seus veículos”, apontou. Ainda de acordo com o dirigente, pessoas que descumprem a norma, tem até 48 horas para se regularizar. Passado esse período, a infração é comunicada aos agentes que trânsito, cujo departamento a multa”, esclareceu.
Nelson Theodoro Junior, presidente da ACIMM, disse que espera que o assunto seja resolvido o mais breve possível. Ele avalia que nada justifica tanto tempo sem o serviço na cidade. A cidade está sem a zona azul desde outubro de 2023. “Essa tem sido uma reclamação recorrente dos nossos lojistas. Torcemos por uma solução efetiva e essa sugestão vinda do Adriano me parece muito interessante e poderia ser objeto de uma melhor análise” arrematou.