Página 22 - outubro2014

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O INFORMATIVO
- Setembro 2014
Mulheres
Marcia Rossi
Proprietária da escola Wizard
ACIMM
são as mulheres por
Marcia
Agosto 2014
Nas minhas buscas incansáveis para
compreender as mais variadas reações
que nos açoitam no dia a dia encontrei
algumas novidades.
Em uma conversa com o psicanalista
Manoel Reis ele me apresentou a
síndrome de burnout.
Um
esgotamento
emocional
extremo caracterizado por sensação
de exaustão emocional e inadequação,
fadiga, frustração, perda de interesse
pelas atividades cotidianas, afastamento
da vida pessoal, perda de produtividade
e apatia. Ainda pouco conhecida, a
síndrome de burnout atinge, em média,
4% da população economicamente
ativa em todo o mundo, sendo mais
prevalente por volta dos 40 anos e entre
as mulheres. Elas são mais pressionadas
por razões biológicas, mas também por
questões sociais, já que geralmente
também são cobradas pelo bom
funcionamento do lar.
Ela aparece de forma silenciosa
e pode progredir por vários anos
consecutivos.
Em um momento inicial, a principal
característica é a dedicação extrema
à atividade profissional, identificada
muitas vezes por horas extras em
excesso. Para isso, negligencia-se a
vida pessoal assim como a correria do
dia a dia, as relações entre chefes e
subordinados, a sobrecarga de tarefas
e a pressão institucional compõem uma
rotina extenuante. Com o isolamento
social, a exaustão tende a se intensificar
e o quadro piora. “Nesse momento, a
pessoa percebe que tem algo errado,
já que não consegue mais se organizar,
fica mais intolerante e perde a empatia
com os outros. Nada a atrai”.
No trabalho, sente-se exaurida e
não tem “válvula de escape”, relata
Ana Merzel Kernkraut, psicóloga
coordenadora do Núcleo de Medicina
Psicossomática e Psiquiatria do Einstein.
Os sinais vão desde uma simples
queda de cabelo até sinais mais sérios
de alteração rítmica cardíaca, com
alterações basais que envolvem um
metabolismo alterado ou mesmo
apetite desequilibrado para mais ou
para menos.
“O problema aparece quando a
pessoa trabalha demais e não tem
prazer naquilo e perde até o prazer na
vida pessoal”, compara a psicóloga Ana
Kernkraut.(adonia).
Quando
ainda
conseguimos
identificar um ponto em que o estresse
ainda pode ser algo gerenciável, um
acompanhamento psicológico pode
ajudar no manejo da situação e reverter
este mesmo quadro. Mas mesmo
assim a pessoa precisará aprender
a reorganizar o próprio tempo,
identificando o que pode mudar. Nesse
contexto, é importante aprender a
delegar e reaprender a trabalhar em
equipe, além de muita disciplina em
muitos quadrantes de sua vida pessoal
familiar e profissional.