Página 30 - janeiro_2015

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O INFORMATIVO
- Edição 216
Serviços
A regra é clara: no mesmo
momento em que realiza uma venda, a
empresa contrai uma dívida tributária
porque parte do valor cobrado são
impostos embutidos que devem
ser recolhidos aos cofres públicos.
Apesar de conhecê-la, muitas
empresas têm dificuldade de colocá-
la em prática e registra o dinheiro
dos impostos no fluxo de caixa
como receita de vendas, ou seja,
trata a parte do Governo como
propriedade da empresa e acaba
por se comprometer com gastos
cujo valor supera aquele que de
fato pertence a ela, o que distorce a
realidade e causa vários problemas.
Se fizer a segregação, dá
para constatar se o nível das
receitas é suficiente para cobrir
os impostos, as despesas e custos
e remunerar o proprietário - o
qual, devido à sua natureza
humana, não aceita facilmente
cortar os seus gastos em excesso.
A falta da segregação entre a
pessoa jurídica e a física é uma
prática ruim, pois provoca a saída de
recursos que pertencem à empresa
para cobrir gastos pessoais do sócio.
Mudar esse tipo de prática
é
bem
difícil,
exige
muito
esforço do proprietário e por
isso
muitos
não
conseguem
mudar. E acabam quebrando.
Mudar
procedimentos
como
esses
exigem
nova
postura
e adoção de novas práticas.
Cortar gastos é sempre difícil;
mas, possível de se fazer. A título
de exemplo, instalações caras, mas
subutilizadas ou inadequadas para o
tipo de negócio; desperdício de energia
elétrica e mão de obra, despesas
decorrentes da falta de segregação
(gasto que o empresário tem mais
dificuldades para cortar, pois significa
alterar o padrão de vida da família).
Eliminar as despesas pessoais
do dono passa pela definição
de um valor fixo de retirada
mensal que deve ser suficiente
para atender suas necessidades
pessoais. Regra essa que deve ser
seguida fielmente pelo proprietário.
Diante desses problemas de difícil
solução, o empresário que se propõe
a enfrentá-los tem de estar disposto a
agir de maneira diferente e também
passar a fazer uso de ferramentas que
não vinha utilizando. A contabilidade
é a melhor ferramenta para auxiliá-
lo, pois seus registros possibilitam
a elaboração dos relatórios que vão
apresentar a ele todas as informações.
Bem utilizadas, elas servirão para
análise do que vem acontecendo na
empresa e para todo o planejamento
dos próximos passos a serem seguidos.
“Ciúme é querer manter o que se tem; cobiça é querer o que não se tem; inveja é querer que
o outro não tenha”. (Zuenir Ventura)
Contabilidade: o caminho é ajustar receitas
e gastos à realidade
Milton Braz Bonatti é Empresário Contábil em Mogi Mirim.
Escreve esta coluna todo mês na Revista da ACIMM.
Contato: miltonbraz@bonatticonsultoria.com.br
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