Pix sofre mudanças em 2023

O Pix, método de pagamento instantâneo, passou por algumas mudanças neste começo de ano. As alterações retiram o limite de valor na transação diária, além de possibilitar maior flexibilidade nas operações noturnas. As novas regras passaram a valer desde o dia 2 de janeiro de 2023.
O movimento do sistema visa oferecer mais segurança e maleabilidade aos milhões de consumidores que já aderiram à ferramenta. Segundo o Banco Central, em dezembro, o Pix bateu recorde com 99,4 milhões de transações em um único dia.
A modalidade, que se tornou a queridinha dos brasileiros, acabou favorecendo a prática criminosa. Diante disso, as modificações foram implementadas. A Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (ACIMM) ouviu o Gerente da Sicoob Crediceripa, Andre Ricardison Gonsalves, que informou as mudanças promovidas este ano.
Com as alterações, as operações via Pix deixarão de ter um valor limite por transação. Será possível, por exemplo, transferir todo o limite diário disponível na conta em um único envio. O BC também retirou o limite das transferências para contas de pessoas jurídicas, como empresas, que agora será determinado pelas regras de cada instituição financeira.
Outra modificação para 2023 será o limite noturno. Os usuários vão poder escolher se querem que a faixa de horário que limita o valor das operações noturnas comece apenas após 22h, e não a partir de 20h, como estava funcionando.
As outras novas regras são referentes às funcionalidades de saque e troco da ferramenta. Atualmente, é possível sacar apenas R$ 500 via Pix durante o dia, e R$ 100 no período da noite. A partir de 2023, os limites passam para R$ 3 mil e R$ 1 mil, respectivamente.
Segundo Ricardison, as mudanças são positivas, e representam o processo de amadurecimento do Pix. Para ele, a dinâmica do sistema foi analisada durante estes dois anos de funcionamento, e buscou-se simplificar alguns aspectos. Dentre eles, as regras de limite.
O sucesso do Pix trouxe um outro problema atrelado a ele: os golpes. Pessoas se passando por outras e solicitando dinheiro pela ferramenta instantânea, e assaltos na rua que exigem transferência de valores. Criminosos se apoiam no fato de que não é possível estornar uma operação via Pix para utilizá-lo para aplicar golpes.
Com as novas regras permitindo limites mais altos a partir deste ano, a atenção precisará ser redobrada. De acordo com especialistas, o caminho mais seguro é manter o limite diário e noturno em valores mais baixos, e ir alterando conforme a necessidade.
Hipoteticamente, se o limite hoje é de R$ 1 mil e o consumidor precisa transacionar uma remessa de R$ 50 mil, ele terá de ir ao banco e fazer uma alteração pontual para poder realizar uma transferência naquele valor. “Enquanto eu não precisar fazer uma remessa maior, deixo um limite mais baixo, pois, caso o dispositivo móvel que tem o aplicativo do banco seja furtado, uma pessoa má intencionada não terá acesso a altos valores”.
Golpes
Os golpes utilizando o Pix identificados por instituições financeiras são classificados como “publishing”. Este tipo de crime cibernético acontece quando a vítima é levada a fornecer informações sigilosas ao receber falsas solicitações via e-mail, mensagens no WhatsApp, links enganosos ou até mesmo por telefonemas de call centers, tais como um falso e-mail do banco, em que são pedidos senhas de cartões ou contas.
O Pix não é menos seguro que os outros meios de transferência, mas é preciso ficar atento, visto que golpistas lançam mão de qualquer artifício para cometer os crimes, principalmente em relação a tecnologias novas. Os golpes mais conhecidos são: clonagem do Whatsapp; engenharia social com Whatsapp; falso funcionário bancário e das centrais telefônicas; e o golpe do bug do Pix.

Compartilhe esta publicação

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp

Inscreva-se em nossa newsleter

e receba por e-mail conteúdos sobre empreendedorismo

Veja também