Scomparim avalia que o primeiro trimestre do ano costuma penalizar determinados segmentos
Dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho) Mogi Mirim criou 134 novas vagas de trabalho com carteira assinada no mês de janeiro. Foram no total 1.562 admissões contra 1.428 desligamentos.
O resultado positivo ocorre depois de um mês de dezembro onde houve uma redução de 373 postos de trabalho na cidade. No balanço mais recente divulgado pelo Ministério do Trabalho, a alta foi puxada pela indústria, que gerou 543 novas vagas e demitiu 380 pessoas; saldo positivo de 163.
A seguir vem o agronegócio, que empregou 116 trabalhadores e demitiu 80 (saldo positivo de 36 vagas). O setor de construção civil empregou 115 novos trabalhadores e demitiu 87, saldo positivo de 28 vagas. O comércio e a prestação de serviço tiveram recuo no balanço mais recente. Foram criadas no comércio da cidade, 347 novos postos de trabalho no mês de janeiro, mas o total de recisões alcançou 395, totalizando saldo negativo de 48 vagas. No setor de prestação de serviços foram criadas 441 vagas e o total de desligamento atingiu 486, passivo de – 45 vagas.
Para o presidente do Sincomércio de Mogi Mirim, José Antônio Scomparim, o resultado em relação ao comércio já era aguardado. “O primeiro trimestre do ano costuma ser mais devagar para determinados tipos de estabelecimentos, como por exemplo lojas de confecções. Outros segmentos como farmácias e supermercados seguem aquecidos”, comentou.
O dirigente alerta para o fato de que os efeitos da esticada nas taxas de juros ainda não apareceram no radar. “Provavelmente os efeitos do aumento das taxas de juros irão interferir negativamente na próxima divulgação dos dados”, ponderou.
Nelson Theodoro Junior, presidente da Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (ACIMM) enxerga com preocupação os novos números. Segundo Theodoro Junior, o quadro atual reforça as medidas que a atual direção da ACIMM vem adotado desde que tomou posse no início de janeiro, visando o fortalecimento de todas as atividades econômicas. “Temos que movimentar nossa cidade para criarmos mais emprego, sobretudo nos setores do comércio e da prestação de serviços”, receitou.