O comércio mogimiriano registrou aumento em vendas no Dia das Mães, se comparado ao ano passado, mas ainda não atingiu o mesmo patamar observado no período anterior à pandemia do Coronavírus. Durante a semana passada, cerca de dez estabelecimentos foram ouvidos, e todos realizaram boas vendas numa das datas especiais do calendário do comércio.
Os mesmos comerciantes acreditam que, se a onda de frio persistir, o Dia dos Namorados tem tudo para emplacar como uma das melhores datas no pós-pandemia, principalmente nos setores de vestuário e calçado.
Geraldo Campos, proprietário da rede Copo de Leite, revela que as vendas foram boas, mas não superaram a expectativa. Para ele, o calor intenso não colaborou muito, mas, com a mudança de temperatura, as vendas deslancharam. “Se o frio tivesse chegado um pouquinho antes no comércio, teria vendido muito mais”, disse. A expectativa agora é que para o Dia dos Namorados a temperatura suba apenas no coração dos apaixonados e alavanque as vendas dessa data especial.
Na Mandalua, o crescimento nas vendas de maio chegou a 8%, o que foi considerado bom pela gerente Simoni Aparecida Gonçalves. Já para a próxima data especial do calendário, não há uma expectativa, mas a chegada da onda de frio movimentou as vendas e pode ser uma aliada importante para os corações apaixonados. Ela revela que o mercado está aquecido, se comparado a 2021, e que o frio tem sua participação nisso.
Na loja Paraíso “Oscar”, as vendas foram razoáveis, e o calor não colaborou tanto com as mamães naquela data especial. Se comparado aos anos de 2018 e 2019, as vendas caíram, mas a expectativa é que para o Dia dos Namorados a procura deve aumentar, principalmente com temperaturas amenas. Para a gerente do estabelecimento, Francisleine Teixeira, a atmosfera desta época do ano alavanca as vendas do setor calçadista. “Com o friozinho, o setor de lingerie e de biquinis cai, mas o de calçados e vestuário tende a ganhar mais força”, apontou.
Na loja Graffity, as vendas no Dia das Mães não foram tão expressivas, e, segundo Maria Inês Lemes, o fluxo pode ser comparado a 2021, quando o comércio ainda estava praticamente fechado. Naquela época, segundo conta a comerciante, as lojas estavam fechadas, e os consumidores queriam comprar. Para o Dia dos Namorados, a expectativa é bem melhor, e a empresária estima que é esperado um aumento de cerca de 20% nas vendas. Ela acredita que a chegada do inverno “aquece” os corações apaixonados e as vendas crescem.
Para o experiente José Irani, proprietário da Loja Pirani, as vendas alusivas ao Dia das Mães foram melhores que no ano passado, e cresceram cerca de 12%. Otimista, ele acredita que para a próxima data especial do calendário terá vendas significativas, já que os namorados sempre marcam o dia de quem amam.
Na Relojoaria Dias, as vendas do Dia das Mães cresceram 30%, e, com base neste otimismo, o Dia dos Namorados deve seguir a mesma tendência de alta. Para Ana Laura Dias, proprietária do tradicional estabelecimento, tais datas mexem com os consumidores e levam as pessoas a presentear. Ela revelou ainda que o comércio voltou à normalidade e arrisca projetar um crescimento da ordem de 50% para o Dia dos Namorados. Tanto em 2020 quanto em 2021 as vendas também foram boas, apesar do fechamento dos estabelecimentos.
Eventos da ACIMM no Centro agradam comerciantes
Os empresários que foram ouvidos na região central garantem que os eventos realizados pela Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (ACIMM) na Praça Rui Barbosa têm tornado o local mais agradável e só reafirmam o clima de otimismo, tanto para quem passa pelo Centro como para quem deixa as lojas e se depara com a movimentação de pessoas de várias partes da cidade na praça.
Para a direção da Copo de Leite, a iniciativa é positiva, e devolveu à Praça Rui Barbosa a presença do público. “Isso alegra o centro e proporciona a quem vê uma atmosfera de otimismo tanto para comerciantes quanto para consumidores”, destacou Campos.
Já a coordenação da Mandalua revela que as movimentações são constantes nos dias em que a população vai ao Centro para participar de tais comemorações. “O fato de as pessoas passarem pelo comércio muitas vezes resulta em vendas”, revelou a gerência.
Na loja Paraíso, os eventos têm surtido bons efeitos, e, segundo Francislaine Teixeira, no alusivo ao Dia das Mães, o estabelecimento retardou seu fechamento devido ao fluxo de consumidores, e só baixou as portas após às 17h. Para ela, este incremento pode alavancar ainda mais as vendas e evitar que os consumidores mogimirianos deixem a cidade para gastar em outros municípios da região.
Na loja Graffity, atrair público para o Centro é algo positivo. Por isso mesmo, a proprietária Maria Inês Lemes defende a manutenção destas iniciativas, principalmente levando tais comemorações para outras praças, como a Floriano Peixoto.
Outra loja que vê assertivos os eventos da Praça Rui Barbosa é a Pirani, que aponta oportunidade para outros tipos de comércio. De acordo com a direção da loja, a vinda de pessoas de várias partes da cidade para a região central acaba gerando otimismo, e traz uma opção de lazer aos mogimirianos.
Na Relojoaria Dias, a confiança com as festividades promovidas pela ACIMM é retratada como uma iniciativa válida, pois, gradativamente, o movimento vai ganhando corpo e as pessoas passam a participar mais das festividades e, consequentemente, transitam pelo comércio aos sábados. Isso pode não resultar em venda num primeiro instante, mas é um começo para um setor tão assolado pela pandemia.