Penha, marca presença na rua Chico Venâncio já há 59 anos, "na mesma calçada", fez questão de observar
O profissional da área da fotografia Antônio Bueno dos Santos, de 77 anos, o popular Penha, associado da ACIMM “desde sempre”, conforme destacou, completou em janeiro exatos 49 anos de presença na rua Chico Venâncio e já está de olho na comemoração “data redonda”, dos 60 anos.
Nelson Theodoro Junior, presidente da ACIMM considera que ter o famoso fotógrafo como associado (desde 1974) é motivo de orgulho para todo o quadro associativo.
Durante a conversa que teve com o setor de comunicação da ACIMM, Penha abriu o coração e falou das transformações que sua área de atuação tem sofrido em decorrência da evolução tecnológica. Ele conta que seu primeiro contato com um estúdio fotográfico foi aos 11 anos, quando, atendendo a um desejo do pai, foi trabalhar com no estúdio do saudoso José Corsini. Trabalho também no estúdio Valério e antes de completar 18 anos já estava montando o próprio estúdio no número 66 da rua Chico Venâncio.
Muitos anos depois se mudou para um imóvel mais amplo, na mesma calçada. O visual das paredes do estúdio guarda imagens de uma Mogi Mirim que não existe mais, obras “autorais” do famoso fotógrafo, de um tempo onde imaginar fotografias sem uso de filme e revelação era algo inimaginável fora das páginas da literatura de ficção científica.
Penha conta que a exemplo de outros colegas, precisou se adaptar às mudanças que já se prenunciavam irreversíveis a partir do início deste século, que trouxe a fotografia digital para dentro da casa das pessoas com o advento do smartphone. “Eu tive a percepção de que algo monumental estava ocorrendo e cuidei de não perder o bonde da história. Fiz cursos de atualização, investi em equipamentos”, conta.
Apesar da redução na procura por serviços especializados como cobertura de eventos festivos (casamentos, batizado, formaturas, encontros familiares, entre outros) Penha garante que ainda existem aquelas pessoas que fazem questão de requisitar serviços profissionais como aquele que presta.
“O que muda é o formato. Existem as pessoas que selecionam as imagens que gostaram e recebem tudo digitalmente. Existem também as pessoas que além de guardar os arquivos digitais, encomendam fotos com impressão para confecção de álbuns. A gente atende conforme o desejo do cliente”, finalizou.